terça-feira, 31 de agosto de 2010

A História do Brasil é uma história de golpes...

O Pr. Ariovaldo Ramos, em sua obra, “Nossa Igreja Brasileira” expõe o seguinte:

“Falar do Brasil é falar de golpes:
A descoberta do Brasil foi um golpe da coroa portuguesa nos tratados com a Espanha, sob a égide papal. Cabral veio apenas tomar posse do que Duarte Pereira já havia descoberto...
A independência foi um golpe da elite dominante que, diante da possibilidade da eclosão de um movimento separatista, incita o príncipe regente a proclamar uma independência boa para todo mundo: Portugal, Inglaterra e a elite em questão. Devemos ser a única nação que se torna independente e indeniza a metrópole pelos danos causados...
A proclamação da República foi um golpe dos escravocratas no império, diante da promulgação da lei áurea, a elite dominante, sentido-se abandonada pelo império, convoca as Forças Armadas, comandada por um homem da estrita confiança do imperador: Marechal Deodoro da Fonseca, que trai o imperador enquanto se alia à elite retrograda...
O Estado Novo foi mais um golpe duplo: em primeiro lugar, foi um golpe nas elites que estavam no poder desde o primeiro império; em segundo lugar, foi um golpe nos ideais dos que queriam um Brasil realmente novo, pois em vez de uma democracia sólida, receberam um regime facista...”


E por ai segue a análise de nossa história, chegando por fim ao golpe “perpetrado contra a Constituição de 1988 que, elaborada com um perfil parlamentarista, é subvertida pela chamada de um plebiscito que, sob a desculpa de legitimar a decisão de uma assembléia constituinte, eleita com plenos poderes para restabelecer a democracia na nação, usa do mesmo para, a peso de muito dinheiro, retomar a república presidencialista,...”

E é inserida nessa história que foi construida a história das liberdades religiosas no Brasil e a tentativa da aplicação do princípio da laicidade, ao Estado de Direito.

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